Vinhos: variedades mil!

Quem é que não gosta de apreciar um bom vinho de vez em quando? Pode ser vinho tinto, branco, seco, demi-sec, frisante, enfim! Os tipos, sabores e marcas são muitos, basta escolher o que mais lhe agrada, pegar as taças (Escolha a sua taça!) e cair na arte desta graciosa bebida.

William Shakespeare já dizia: “O bom vinho é um camarada bondoso e de confiança, quando tomado com sabedoria”.

Mas vocês sabiam que existem mais de 3 mil variedades de uvas viníferas em todo o mundo? Abaixo segue uma lista de algumas das principais castas cultivadas no mundo, e mais difundidas no Brasil, e como elas podem dar origem a vinhos diferentes, segundo a região.

Brancos: 

Chardonnay – Fácil de cultivar e vinificar, por isso é encontrada em vários países. De coloração amarela, é um importante ingrediente do champanhe. Países: França, Brasil, Argentina, Chile, Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul.

Gewürztraminer – A palavra alemã significa “especiarias”. Produz vinhos brancos ricos, de cor amarelo-ouro e aroma intenso. Predomina em regiões de clima frio. Países: Alemanha, França, Itália, Chile e Estados Unidos.

Moscatel – Própria de vinhos doces, perfumados. Festiva, é ideal para acompanhar sobremesas. Países: França, Portugal, Brasil, Espanha e Itália.

Pinot Blanc: Resulta em vinhos leves, secos e frutados. Devem ser degustados ainda jovens. Países: França, Itália, Áustria e Estados Unidos.

Riesling – Esta uva produz vinhos com acidez elevada e teor alcoólico baixo. Seus aromas são florais, delicados. Países: Alemanha, Áustria, Austrália, Nova Zelândia, França e Estados Unidos.

Sauvignon Blanc – A uva possui acidez aguda, frescor, aspectos minerais e bastante frutados no Novo Mundo. Na Nova Zelândia, encontrou o solo ideal para produção de vinhos. Países: França, Nova Zelândia, Chile, Áustria e África do Sul.

Tintos:

Bonarda – A uva é uma variedade típica do Piemonte, no norte da Itália. Produz vinhos leves, frutados, melhor quando degustados jovens. Também muito utilizado na Argentina. Países: Itália e Argentina.

Cabernet Sauvignon – A mais clássica e conhecida das variedades de vitis viníferas. É, sem dúvida, a uva mais difundida em todo o mundo e responsável pelos melhores rótulos do planeta. Seu amadurecimento é tardio e produz tintos secos de semi-encorpados a encorpados. Detêm, quando envelhecidos, um amplo espectro de aromas: frutas vermelhas, café, chocolate e tabaco. Países: França, Itália, Brasil, Chile, Argentina, Estados Unidos, Austrália e África do Sul.

Carménère – A uva é originária de Bordeaux, na França, e hoje é praticamente só cultivada no Chile, onde se adaptou melhor. País: Chile.

Gamay – Os aromas de morango, cereja e banana são característicos do vinho feito com a uva utilizada na elaboração do Beaujolais, um vinho mais leve, produzido na região da Borgonha. País: França. 

Grenache – Apesar de ser muito cultivada no mundo, a uva é pouco vista em rótulos de garrafas, pois é usualmente misturada. Países: França, Espanha, Austrália, Itália e Estados Unidos.

Lambrusco – Há mais de 60 subvariedades conhecidas da uva tinta comum na Itália. Apesar de também produzir bons vinhos de denominação de origem, é mais conhecida no Brasil pelos vinhos frisantes, semi-doces e com baixo teor alcoólico. País: Itália.

Malbec – Esta uva originária da França tornou-se emblemática na Argentina. Possui cor escura, densidade e aromas florais. Países: França, Argentina e Chile.

Merlot – Similar à cabernet sauvignon, destaca-se por ser mais suave. Tem uma maturação mais fácil e rápida que sua parceira cabernet. Pode desenvolver aromas de chocolate e frutas vermelhas maduras quando colhidas com a maturação correta. Países: França, Itália, Estados Unidos, Chile, Austrália, Nova Zelândia, Argentina e Brasil.

Periquita – Uva plantada no sul de Portugal, dá vinhos de boa estrutura, que envelhecem bem; é também a marca do popular tinto lusitano mais exportado para o Brasil. País: Portugal.

Pinot Noir – Uva típica da Borgonha. Difícil de cultivar e vinificar e pode gerar tanto tintos inexpressivos como muito complexos. São vinhos de coloração clara para média com relativo baixo tanino e acidez. Os grandes exemplares têm aroma intenso, complexo e sensual, e evoluem muito bem na garrafa. A pinot noir também faz parte da composição das champagnes. Países: França, Chile, Itália e África do Sul.

Pinotage – Uva criada da África do Sul, em 1920, do cruzamento entre a pinot noir e a cinsaut. Pode resultar em um vinho muito frutado (banana, frutas vermelhas) e capaz de envelhecer bem em barris de carvalho. País: África do Sul.

Syrah/Shiraz – Uva do Rhone, na França, que resulta de vinhos de coloração intensa, bem encorpados e aromáticos. Na Austrália, com o nome de Shiraz, dá exemplares tânicos, apimentados e de boa maturação. Países: França, Austrália, África do Sul e Argentina.

Tannat – Uva do sudoeste da França, é a variedade emblemática do Uruguai, altamente tânica e com notas de amora e de framboesa. Países: Uruguai e França.

Tempranillo – A mais importante uva de qualidade da Espanha, cultivada nas regiões de Rioja e Ribeira del Duero. Dá um vinho colorido, com baixa acidez, pouco tânico e que envelhece bem no carvalho, que lhe confere aromas de tabaco. Países: Espanha, Portugal e Argentina.

Para quem se interessa em conhecer mais sobre vinhos, suas variedades e curiosidades, existem dois sites muito interessantes que valem a pena conferir: Academia do Vinho e Site do Vinho Brasileiro.

Fonte: Verdemar em Revista.